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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Ciclo de palestras orienta para a promoção da autonomia feminina

Na Câmara de Vereadores, atividade teve como público principal as agentes comunitárias de saúde.


Nesta semana, duas ações desenvolvidas em conjunto pelo Departamento de Assistência Social e a Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres proporcionaram reflexões importantes sobre temas como a autonomia feminina e as relações de gênero na sociedade, mobilizando tanto os servidores municipais dos setores de Saúde e Assistência Social como o próprio público atendido por estas equipes.

Durante a tarde de quarta-feira (07/08), o público feminino atendido por programas sociais foi recebido no Ginásio de Eventos do Parque Municipal para participar de uma palestra motivacional com o tema “Autonomia da Mulher”. Na ocasião, a gerontóloga social Giovanna Vargas, especialista em Gestão de Políticas de Gênero e Igualdade Social, apresentou orientações e conceitos para mais de 150 mulheres, todas integradas a programas sociais como Bolsa Família, Primeira Infância Melhor, Acessuas e Atenção Integral à Família (PAIF).

Capacitação para os servidores públicos

                A quinta-feira (08/08) teve uma programação dedicada à capacitação das agentes comunitárias de saúde, lideranças sociais femininas e equipe atuante no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS). Novamente a palestrante foi Giovanna Vargas, que enfatizou a importância de uma “transformação cultural” para garantir às mulheres seu devido espaço e respeito na sociedade brasileira atual. “Passamos 500 anos construindo esse padrão machista e patriarcal nas relações sociais e familiares. Agora precisamos descontruir essa cultura. Para isso a mudança precisa acontecer na base, no cotidiano das nossas vidas, colocando-se homem e mulher em um mesmo patamar”, disse. A palestrante acrescentou que a conquista da emancipação feminina exige diálogo constante com o público feminino, para que neste processo mais mulheres possam entender a necessidade de construir sua autonomia. “Muitas mulheres nem percebem que estão praticamente escravizadas, até que se faça uma conversa mostrando a realidade de suas vidas, estimulando-as a mudarem, com coragem para dedicar-se aos estudos, trabalhar e desenvolver uma nova atitude, fazendo suas próprias escolhas”.

                Giovanna considera que a construção da autonomia feminina exige que as mulheres tenham acesso a informações, busquem conhecimento e possam ter oportunidades de trabalhar e gerar renda. “A mulher que tem sua independência econômica posiciona-se de uma maneira diferenciada no enfrentamento da violência nas relações de gênero”, ensina.

                Sobre o papel dos serviços públicos na promoção da igualdade, ela defende que os gestores busquem “entender, enxergar, planejar as ações de governo com um olhar para as questões de gênero”. Segundo ela, as políticas para as mulheres têm de ser desenvolvidas de forma integrada a todos os serviços públicos, sejam eles de saúde, habitação, socioassistenciais ou de educação, cultura, lazer e promoção da cidadania. “Além disso, está claro que investir na mulher gera resultados para toda a família, porque é a mulher quem mantém sempre mais fortes os seus vínculos com os seus filhos e parentes”.
 



 

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